Quando falamos sobre a história da tinta, determinar uma data específica para o seu surgimento é praticamente impossível. Isso porque há milhares de anos os homens viviam em cavernas e abrigos protegidos, portanto não buscavam decorar o espaço.
Nesse momento, a tinta surgiu como um refúgio para expressar sentimentos e pensamentos, além de ajudar a contar histórias. Essas representações simbólicas mais antigas eram chamadas de arte rupestre e acredita-se que os materiais usados nesse primeiro momento eram látex de plantas, argila e até sangue
História da tinta no início dos tempos
Como citamos acima, acredita-se que a história da tinta começou com a fabricação por meio de materiais como plantas e argila em pó moídos e adicionados à água. Era uma técnica simples e as pessoas daquela época remota usavam os próprios dedos ou pedras como ferramentas.
História da tinta no Egito
A criação da tinta costuma ser atribuída aos egípcios, também muito conhecidos pela sua cultura que prezava pela arte decorativa. Isso porque eles foram o primeiro povo a dar início à pintura com variedade de cores e fabricavam as tintas com materiais encontrados em suas terras e regiões próximas.
Os primeiros pigmentos sintéticos só surgiram entre 8.500 a 5.800 a.C. Para terem cores adicionais, o povo egípcio importava anileira e garança, dois tipos de plantas, da Índia. Com a anileira era possível ter o azul profundo enquanto o uso da garança podia produzir nuances de vermelho, marrom e violeta.
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História da tinta de escrever
Na história da tinta é desconhecida a data que esse tipo surgiu, mas o que se sabe é que foi desenvolvido pelos egípcios e os chineses. Há manuscritos de 2.000 a.C. que mostram o uso de nanquim pelo povo chinês.
Pelo que consta na história, o chinês Tien-Lcheu, pensador e filósofo, em 2607 a.C., criou uma mistura com fuligem de madeira de pinho, óleo e gelatina obtida da pele de um animal. O resultado foi um líquido mais escuro, que era destinado à marcação em pedras e papel. Por isso, ele é considerado o criador da tinta.
Tempos depois foi adicionado a esse líquido preto mistura de corantes naturais de minerais e plantas. Depois, a goma, o sumo de noz e sais de ferro também foram acrescentados à fórmula, popularizando-a ainda mais.
Como Roma está ligada ao desenvolvimento da tinta?
Os romanos aprenderam a fabricar tintas com os egípcios e são encontrados exemplares das pinturas nas ruínas de Pompeia. No século V a.C. foi utilizado pela primeira vez o alvaiade como pigmento (chumbo branco). Além desse material, litargírio, ossos escuros e óxido amarelo de chumbo também eram usados.
Evolução da tinta
Na Europa Medieval, há documentos que apontam a utilização de tintas e vernizes. Eles utilizavam colas e cera como ligamento para revestimentos.
Durante os séculos XV e XVI, os artistas italianos começaram a fabricar pigmentos para as tintas, mas a produção era altamente sigilosa. Cada artesão ou artista desenvolvia a sua e as fórmulas eram enterradas com o inventor.
Expansão e produção em larga escala
Com o ápice da Revolução Industrial, no fim do século XVIII e início do XIX, os fabricantes de tintas começaram a usar equipamentos mecânicos, mas os fabricantes apenas preparavam as ferramentas, quem compunha as próprias misturas eram os artistas.
As primeiras fábricas de verniz se encontravam na Inglaterra, em meados de 1790, e aos poucos os fabricantes introduziram as primeiras tintas no mercado. O desenvolvimento de novos equipamentos de moer e de misturar as tintas facilitou a produção em larga escala, no final do século XIX, outro momento importante na história da tinta.
Com as duas grandes guerras e o advento da tecnologia, as tintas e seus substratos foram melhorados e passaram a atender as mais diversas aplicações, com paletas de cores repletas de novas opções.
Tinta para impressão
Em paralelo, a história da tinta para impressão pode estar ligada a um período Antes de Cristo. Acredita-se que os chineses já usavam tintas para imprimir em blocos de madeira, muito antes da invenção da imprensa por Gutenberg.
Na invenção de Gutenberg, a tinta era feita de óleo de linhaça fervido com resina, sabão e fuligem.
Aos poucos, ela foi evoluindo e no século XIX passou-se a utilizar óleos sintéticos e resinas para melhorar a qualidade da impressão. Hoje, é importante dizer que cada processo de impressão específico requer uma tinta com características diferentes, para atender a aplicação. Por exemplo, a tinta para tipografia precisa ser pegajosa e viscosa, para imprimir em uma superfície de relevo.
Já as tintas para serigrafia precisam ser pastosas e amanteigadas. Assim, elas conseguem atender a uma larga variedade de aplicações, como papel e vidro.
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Materiais utilizados hoje
Hoje, podemos elencar alguns componentes essenciais que fazem parte da tinta, como: pigmento, resinas, líquidos e aditivos.
A partir dessa mistura, é possível obter as mais variadas tonalidades, para atender diferentes superfícies. Agora que você já conhece detalhes importantes da história da tinta, continue acompanhando nosso blog e confira outras novidades e assuntos interessantes.